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Maira Cardoso

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Volta às aulas 2021 e as novas adaptações

O ano letivo escolar começou e cada criança tem uma nova rotina

Ontem, 01 de fevereiro, foi o dia de voltar às aulas, um recomeço cheio de adaptações. Depois de tanto tempo em casa, a volta será aos poucos, de forma híbrida. No caso do Chico, ele já experimentou um formato adaptado ainda no final do ano passado, apenas com aula individual com a professora.

Neste ano, o Chico frequentará as aulas num formato diferente. A escola dividiu a turma de 28 alunos em duas. Então, na primeira semana ele vai para a aula presencial, porque está turma um. Serão 14 alunos que frequentarão as aulas das 13h30 às 18h. O restante da turma irá participar da aula de forma online, ao vivo.

Na semana seguinte, isso tudo se inverte e a turma dois é que terá aulas presenciais. No total, serão duas semanas de aulas presenciais por mês. A professora terá que se dividir entre dar atenção aos alunos que estarão na classe, e aos alunos que estarão em casa. Na sala, tem uma professora assistente para auxiliar nesse trabalho.

Já a Maria Clara, que está com 5 anos, irá estudar de forma totalmente presencial. A Educação infantil até o G-5, que corresponde ao pré II, conseguiu manter um rodízio, pois dividiu as turmas. Então, vão conseguir ir todos os dias de forma presencial, seguindo os protocolos de prevenção ao Covid-19.

Com a Maria Antonia, a nossa caçula, resolvemos esperar um pouco. Ela continua em casa, recebendo atividades de apoio feitas por uma professora e trabalhando atividades lúdicas, fazendo ballet e estamos pensando em mais uma atividade que ela tem demonstrado interesse. Decidimos assim porque ela ainda está com três anos e meio. Aos poucos vamos experimentando essa nova rotina e percebendo como será a adaptação de cada um.

Proteção solar na infância

É bem comum encontrar pessoas que têm o hábito de usar protetor solar somente ao ir à praia, mas é preciso reforçar que o mesmo sol da praia é o mesmo de todos os outros lugares, todos os dias. A radiação é constante e o ao longo do dia acontece algumas oscilações. Portanto, quando os dermatologistas insistem no uso do protetor solar diariamente, não é nenhum exagero.

Pensando no período do ano que estamos, o verão, temos que estar ainda mais atentos. O Chico e as Marias têm idades diferentes, mas sempre tomamos todos os cuidados com a proteção da pele, mas uma dúvida surgiu e resolvemos pesquisar. Nos perguntamos: – “A proteção usada é a mesma em todas as fases da infância? ”.

Descobrimos, através do Guia de Fotoproteção na Criança e Adolescente, lançado em 2017, pela Sociedade Brasileira de pediatria (SBP), que existe para cada fase uma forma adequada para a proteção. No documento, é possível entender quais são os principais riscos relacionados à exposição ao sol e como deve ser essa proteção em cada faixa etária.

De acordo com o Guia, para os bebês abaixo dos seis meses de idade, recomenda-se evitar a exposição direta ao Sol, fazendo o uso de protetores mecânicos como sombrinha, guarda-sol, boné e roupa. Já para as crianças entre os seis meses e dois anos, os mais apropriados são os filtros inorgânicos (físicos) pela menor capacidade de provocar alergias, alta resistência à água e proteção imediata. Quando a criança completa dois anos, o recomendado é que sejam usados os filtros químicos infantis, mais conhecidos como protetores solares.  

A exposição solar excessiva sem proteção, segundo o Guia, oferece vários riscos à saúde, como câncer de pele e surgimento de lesões pigmentares na pele. Por isso, é fundamental que as atividades recreativas, a prática de esportes e toda ação com exposição ao sol sejam feitas tomando todas as medidas de proteção, mesmo nos dias de mormaço, dias nublados e de temperaturas mais baixas.  

A proteção contra os raios ultravioleta pode ser feita através roupas, bonés e óculos específicas para essa finalidade, são produtos que possuem proteção UV. Os especialistas explicam no Guia que o náilon, a seda e o poliéster têm maior fator de proteção do que o algodão, a viscose, o rayon e o linho. A explicação é que, quanto menor os espaços entre os fios do tecido e maior o peso e a espessura do tecido, maior a proteção. É importante ressaltar que, colorações escuras aumentam a proteção 3 a 5 vezes, e as roupas, quando molhadas, perdem metade do fator de proteção solar.  

O documento também aponta outro fator a ser considerado, que não é de conhecimento de todos, o nível de reflexão da superfície, que pode influenciar nos fluxos de Raio UV. Os autores do Guia destacam que, a maioria das pessoas desconhece, mas a grama, a areia úmida e o asfalto refletem a radiação UV, entre 1% a 5%; enquanto superfícies como a neve fresca podem refletir mais de 90% da radiação UV.  

Para ler o documento completo basta acessar a página da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Retrospectiva 2020

Este ano foi cheio de desafios. A Maria Antonia foi para o Colégio Pio XII e juntou-se aos irmãos. A experiência foi muito tranquila, ela mostrou a sua independência e logo se enturmou. O Chico foi para o primeiro ano do ensino fundamental e a expectativa era saber como seria o letramento, com todo o trabalho feito na escola, nas sessões de terapia ocupacional e fono. As meninas também entraram no ballet e a Maria Antonia também passou a acompanhar os irmãos nas aulas de música, mas numa outra turma de iniciação da musicalização.

Veio a pandemia e o desafio mudou. Fomos nos ajustando tentando estabelecer uma rotina. Era colocar o uniforme, aulas pela manhã, horário do lanche, sala de brinquedo adaptada para virar sala de estudos e até uma mesa nova didática escolar. No começo, a Maria Clara não se adaptou, não quis usar o uniforme e não estava muito interessada nas aulas online, mas aos poucos isso foi mudando. Nós resolvemos desmatricular a Antonia, pois é muito pequena e as aulas online não funcionam tão bem nessa idade. 

Não foi fácil, fizemos receitas juntos, cuidamos da horta e eles também fizeram as atividades escolares, chegou uma hora que as crianças já estavam esgotadas e não aguentavam mais ficar em casa. Fizemos um bom trabalho e conscientizamos eles sobre a importância de usar máscara e lavar bem as mãos. Aos poucos, fomos descendo para a área verde do condomínio para que eles ficassem ao ar livre, mas sempre com proteção. 

O mês de março marcou o nosso ano, o Chico junto com o Arthur e a pequena Lia protagonizaram uma capa inédita, três crianças com síndrome de Down estamparam a Revista Pais & Filhos em celebração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março. Nós demos entrevista para a matéria de capa, que deu destaque às histórias de três famílias com filhos que têm a Trissomia 21. A matéria também trouxe a fala da nossa querida Mônica, do Instituto Empathiae, que realiza um lindo trabalho de acolhimento. 

Ainda em março fizemos uma campanha fantástica em celebração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, a ‘Nós decidimos’, para destacar o protagonismo dessas pessoas, junto à ONG Nosso Olhar. Convidamos as famílias a fazerem uma atividade com as crianças, bastava imprimir o PDF que disponibilizamos, fazer um desenho, contornar a frase que dá nome à campanha, tirar uma foto para postar nas redes sociais e compartilhar com os amigos. Foi um sucesso, a #NósDecidimos cresceu e marcou a ação.  

Nas férias de julho, reservamos alguns dias para ter contato com a natureza e também comemorar o aniversário dessa mãe que aqui escreve. Ficamos numa chácara bem isolada, fizemos bastante atividades manuais: mexemos na horta, preparamos pizza caseira e brincamos na grama. Foi nítido o quanto fez bem para as crianças. 

Este ano reservou muitos momentos marcantes. Caiu o primeiro dente de leite do Chico, o que é normal em crianças com síndrome de Down. Ele começou a fazer aulas de futebol com o Dennis, que foi jogador profissional e passou a frequentar as aulas de lutas inclusivas. O futebol é um esporte que ele sempre gostou, mas tinha medo de jogar com muitas crianças, e o professor tem trabalhado isso. Os q, os passes e a coordenação já estão bem melhores. 

As aulas de luta inclusiva também vieram num ótimo momento, ele adora e as irmãs participam algumas vezes. O Tatame Inclusivo é um projeto da ONG Nosso Olhar, em parceria com o Felipe Nilo, do qual tenho muito orgulho. As aulas trabalham bastante a disciplina, atividades funcionais, a concentração e contribuíram para o desenvolvimento dele. Neste ano, ele amadureceu muito, está desenvolto, com uma oralidade muito boa e com muita autonomia. O trabalho da rede estendida, como sempre falo, influencia muito nesse avanço.

Na área da saúde, tomamos bastante cuidado, ainda em abril fizemos os testes de Covid-19 nas crianças, o mais completo que mostra os anticorpos. Todos deram negativo, aqui em casa ninguém contraiu e continuamos nos cuidando. Em relação à alimentação sempre tivemos bastante cuidado e atenção, para garantir a imunidade alta continuamos com a vitamina C. 

As crianças passaram em consulta com a Dra. Patrícia Salmona e também com a dentista, Dra. Fabiane Bittar, da clínica Sorrisinhos. O Chico foi mais vezes ao dentista por conta da placa de palato. Ele também passou com o Dr. Alessandro Lianza, cardiologista, para fazer os exames anuais. Neste ano, ele fez a troca das palmilhas com o Dr. Júlio, fisioterapeuta da Pés sem dor.

Fora isso, também fomos a dois especialistas novos. Conhecemos o  Dr. Fabio Beachelli, médico dedicado à neuromodulação em distúrbios de Fisiopatologia Adaptativa. O Chico vai começar as terapias de REAC a partir de janeiro. Eu e o Chico também passamos com a Dra. Annete, nutricionista especializada em genética. Fizemos um teste genético para entender quais são os genes expressados, com isso ela irá trabalhar a parte suplementar e alimentar. 

Já o ano escolar das crianças foi cumprido de acordo com as condições possíveis. O Chico retomou as aulas presenciais em outubro, mas apenas com a professora e alguns dias por semana. Tudo correu bem. Ele vai para o segundo ano. Conversei com a coordenadora e com a professora e elas falaram que ele vai acompanhar a turma. Por todo o esforço que fez nas aulas online em relação à concentração, as aulas apenas com a professora pela manhã para não perder o foco e por todo o avanço que ele teve no letramento.

A Maria Clara vai para o ensino fundamental, ela está muito esperta, conta até 30 e está se expressando muito bem.Conseguiu se adaptar às aulas online posteriormente e ajudou muito o irmão. A Maria Antonia até fez algumas atividades propostas nas aulas dos irmãos, apesar da pouca idade, interagiu bastante e a convivência fez ela aprender muito. Ela fala com muita clareza, adora brincar e é muito decidida. Ela volta à escola no próximo ano na educação infantil.  

Agora, vamos tirar alguns dias para descansar e aproveitar o verde da natureza com as crianças, estamos precisando respirar aquele ar puro. No ano que vem voltamos. Espero que 2021 seja melhor para todos nós. Até já!

Eu, mãe de uma criança com deficiência intelectual

Na data que celebra a luta das pessoas com deficiência, apresento as minhas conquistas

Eu, mãe de três, escolhi compartilhar minha rotina com as pessoas, seja aqui pelo blog quanto nas redes sociais. Quem acompanha sabe que desde o nascimento do Chico, o meu filho mais velho, que nasceu com síndrome de Down, venho aprendendo continuamente. 

Nesse meio tempo tenho tido muitas conquistas. Primeiro passei pela cirurgia dele, um momento marcante e de muito aprendizado. Depois, aos poucos, consegui reunir uma rede de apoio com profissionais que fazem parte da evolução e desenvolvimento do Chicão. Depois vieram os nascimentos das irmãs, as Marias, que fazem parte disso e o ajudam muito desde o aprendizado até nas simples brincadeira. 

E, no meio disso tudo, veio a parte da educação, o ingresso do Chico na escola. Encontrei um Colégio que se preocupa com a real inclusão, encontrei profissionais que me recebem, que fazem adaptações, mas sem excluir o meu filho. Uma escola que recebe ele e as irmãs sem distinções. 

 O Chico aprende muito no Colégio, mas ensina também. É muito bonito ver a troca que ele tem com os amigos, nem todas as crianças sabem o que significa síndrome de Down, mas sabem que às vezes ele pode demorar um pouco mais para aprender e assim respeitam o tempo dele. Elas gostam dele “do jeitinho que ele é”, disse uma coleguinha há um tempo. 

Diante de tudo isso me deparei com a notícia da ‘Nova Política Nacional de Educação Especial’(PNEE). O decreto de número 10.502/2020, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. Logo me manifestei, fui contra e demonstrei minha preocupação com esse retrocesso. A minha rotina é a prova de que a inclusão é fundamental para o desenvolvimento social da criança. O decreto legitimava a discriminação, pois não conviver com as diferenças faz com que a criança cresça em um ambiente que não representa a sociedade. 

Hoje, dia Internacional das pessoas com deficiência, celebro a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que na última terça-feira (01), revogou o decreto que incentiva a exclusão de alunos com deficiência no sistema educacional regular.  É apenas uma decisão individual de Toffoli, que deve ser submetida ao plenário no próximo dia 11 de dezembro. Mas é uma primeira vitória para famílias que, como eu, acreditam e se mobilizam pela inclusão. 

Precisamos continuar levando informação, conscientizando a população e nos posicionando contra qualquer tipo de segregação. O meu trabalho na ONG Nosso Olhar e agora no Inclua Mundo são justamente pensados para educar as pessoas para construir uma sociedade inclusiva. 

Dia 20 de novembro – Dia da Consciência Negra

Hoje o dia é de reflexão, de levar informação e combater o racismo e a ignorância. Nesta data, relembramos a importância da educação ao homenagear o Nathaniel, um jovem de 16 anos com síndrome de Down, que foi morto em uma ação policial em Joanesburgo, na África do Sul, em agosto deste ano.

O adolescente caminhava perto de casa quando foi abordado por policiais. Naquele mês muitas manifestações aconteciam em sua vizinhança. Infelizmente ele se assustou ao ser abordado, não conseguiu se comunicar, e foi morto a tiros. O caso teve repercussão mundial e foi noticiado pelo Jornal O Estado de São Paulo, em setembro.

Este e muitos outros casos tristes e trágicos servem para refletirmos sobre a importância de a polícia ser capacitada para se comunicar e realizar abordagens corretas, sem abusos e violência às pessoas com deficiência, à população negra e a todo cidadão.

Para acessar a matéria copie esse link: https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/assassinato-de-jovem-com-deficiencia-pela-policia-na-africa-do-sul-tem-repercussao-mundial/

1ª Caminhada Virtual pela inclusão e respeito às diferenças

Na última sexta-feira (13), começou a 1ª Caminhada Virtual Best Buddies Brasil, uma parceria da Best Buddies Brasil com a ONG Nosso Olhar, o Instituto Empathiae, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, a ASID Brasil – Ação Social para Igualdade das Diferenças e o Instituto Gerando Falcões.

Com o objetivo de arrecadar fundos para os projetos das instituições participantes, levar mais conhecimento sobre a deficiência intelectual e propor a inclusão em todos os setores da sociedade, faremos uma caminhada virtual entre 13 de novembro e 13 de dezembro

Para participar é simples, basta caminhar ou fazer alguma outra atividade física por 21 minutos. O tempo escolhido não é por acaso, mas uma referência à Síndrome de Down, causada por uma alteração genética, a trissomia do cromossomo 21. 

A caminhada ou atividade física deverá ser realizada no melhor dia e horário definidos pelo participante, preferencialmente na esteira, em casa ou em um local de pouco movimento, respeitando sempre as recomendações dos órgãos de saúde.
Os participantes são convidados a fazer uma doação que será revertida às instituições e seus projetos. Além de cuidar da saúde, contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência intelectual e muitos outros projetos, todos os que se inscreverem e colaborarem com a campanha receberão um certificado digital. Para participar basta acessar ao site: https://www.welight.io/caminhada

#JuntosChegaremosMaisLongeA caminhada é virtual, mas os objetivos são concretos e podem aprofundar causas imprescindíveis para uma sociedade mais saudável e igualitária. Para nos unirmos nesta ação, incentivamos a todos o usa da hashtag #JuntosChegaremosMaisLonge ao compartilhem suas ações nas redes sociais ao longo desta jornada.

Em um ano marcado pela pandemia, com grandes impactos em todo o mundo, projetos voltados para inclusão das pessoas com deficiência intelectual foram fortemente afetados. Acolhimento, assistência social às famílias, educação e inclusão no mercado de trabalho são algumas das principais ações das organizações participantes desse evento. E cada um de nós pode contribuir para que esses projetos continuem existindo.

Só assim, em rede, chegaremos mais longe. Contamos com você!

Hambúrguer de sardinha

Aqui em casa buscamos manter uma alimentação saudável. Sempre que possível optamos por alimentos orgânicos, ricos em vitaminas e frescos. Evitamos comer produtos com conservantes, com muito açúcar e frituras. Sempre adaptamos as receitas para dar às crianças melhores opções.

Hoje a nossa receita usa como ingrediente principal a sardinha da Robinson Crusoe, a empresa ficou sabendo do benefício que a sardinha proporciona às crianças com síndrome de Down e nos enviou algumas latas. Adoramos!

Sempre compartilhamos aqui informações sobre a importância da sardinha e peixes ricos em Ômega 3 para o desenvolvimento. Alimentos que contém Ômega 3 são fundamentais na alimentação de crianças com síndrome de Down, pois contribuem para o desenvolvimento cerebral, auxiliam na cognição, na memória, atenção e raciocínio.

Encontramos o hambúrguer de sardinha lá no site do Guia infantil, é uma receita deliciosa e simples para as crianças botarem a mão na massa e ajudarem no preparo. É barata, fácil de fazer, rápida, saudável e uma ótima forma de inserir peixe na alimentação de crianças que costumam virar a cara para os pescados. Então, faça em casa também. Anotei aí!

Você vai precisar dos seguintes ingredientes:

  • 1 lata de sardinha (Aqui usamos o próprio óleo da sardinha na receita)
  • 1 ovo
  • ½ xícara de farinha de rosca
  • ½ cebola ralada
  • 1 tomate (sem a pele) bem picado
  • 1 colher (sopa) de cheiro verde
  • 1 colher (café) de alho picado
  • Óleo, sal e pimenta a gosto (a pimenta fica a critério de cada um)
Preparo:

1- Tire as sardinhas da lata, escorra bem. Tire as espinhas, caso tenha, e desfie a sardinha numa tigela.

2- Acrescente o alho, o cheiro verde, a cebola e o tomate à tigela com a sardinha desfiada, e misture tudo.

3- Quando tiver tudo misturado, coloque o ovo, o sal e a pimenta. Amasse tudo com um garfo até que se juntem bem. 

4- Acrescente a farinha de rosa e amasse tudo com as mãos, até que se forme uma mistura que seja possível moldar.

5- Faça os hambúrguer com uma grossura de 2 cm aproximadamente.

6- Agora você pode optar por assar ou fritar. Aqui escolhemos assar no forno. Caso prefira frito pincele de óleo uma frigideira e frite os hambúrgueres até que fiquem dourados dos dois lados.

Nós fizemos para o jantar do domingo e as crianças adoraram participar do preparo e depois da degustação!

De volta à escola com adaptações

A volta às aulas aconteceu nesta semana com adaptações e prevenções.

Na última terça-feira (27), o Chico voltou ao Colégio Pio XII, claro de uma forma bem diferente. A escola adotou muitas normas para voltar aos poucos, com muita segurança e prevenção. Os pais puderam optar por levar seus filhos uma vez por semana e a turma foi dividida, cada parte em uma data, justamente para não ter muitas crianças na sala.

Fizemos uma experiência e o Chico fez uma aula apenas com a professora. Os pais não puderam entrar, os professores, educadores ou assistentes pegaram o aluno na entrada e levaram até a sala. O Chico entrou apenas com os óculos, a máscara de pano, a máscara shield (protetor acrílico) e a sua garrafinha de água.

Segundo o que a escola informou, tudo é higienizado, tem álcool em gel disponível em todos os cantos e o material fica dentro de um saco plástico. Todas as crianças têm um kit individual, que ficam na escola. Quando acaba o uso, é higienizado.

O Chico tem uma hora disponível com a professora, depois ele vai até a sala dele, dá um “oi” para os amigos e vai embora. A turma dele está indo uma vez na semana, de forma dividida. A ideia é que ele continue assim e uma vez por semana tenha um apoio pedagógico com outra profissional, a Dani, na sala pedagógica do Espaço Rede T21.

Depois, em uma conversa com a professora Daniela, ela disse que a aula foi muito boa. A qualidade e a atenção do Chico sem interferência externa é outra. A professora disse que rendeu bastante, quando ela percebeu que ele estava cansado já haviam passado quase 40 minutos de aula.

Então, eles pararam, deram uma volta no rancho para matar a saudade da escola e dos espaços. Embora o pedagógico seja importante, também foi levado em conta o desejo dele em ter contato coma área dos animais, com a horta e os espaços de lazer.

Na hora de ir embora ele encontrou a amiga Martinha, os dois deram as mães e acompanharam a professora. Ele estava sentindo falta do convívio com os amigos. Foi e voltou contente.

O decreto nº 10.502 representa um enorme retrocesso

Artigo publicado no portal Papo de Mãe traz uma reflexão sobre a nova PNEE que legitima a discriminação

No início deste mês tive a alegria de ter meu artigo publicado no Portal Papo de Mãe, site que sempre traz discussões relacionadas à maternidade e à vida em família. No artigo, escrevi como fundadora da ONG Nosso Olhar e também como mãe de três crianças, uma delas com deficiência intelectual, que me mostram todos os dias como a troca é fundamental para o aprendizado e desenvolvimento cognitivo. Lá, compartilho o meu posicionamento contra essa política excludente.  

No último mês de setembro, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE), através do decreto nº 10.502.  Eu, que sempre falo da importância da escola e convívio social para o meu filho, o Chico – que tem síndrome de Down-, pensei em tudo o que já construímos, nos avanços e no desenvolvimento que foi conquistado. Tudo isso só é possível devido ao que chamo de ‘trabalho em rede’ que abrange a escola, a terapias, a família e as atividades extracurriculares. É um conjunto, onde cada item é fundamental.

Logo, me posicionei e apontei o retrocesso que representa essa política que, na prática, tira a obrigatoriedade de as escolas realizarem a matrícula de crianças e jovens com deficiência, permitindo a volta do ensino regular em escolas especializadas. O que isso representa na vida do aluno? Ele perde a oportunidade de conviver com as diferenças, de trocar experiências, de aprender com o outro. Para a criança com deficiência conviver com outras da idade dela serve como estímulo. Ela aprende, se desenvolve socioemocionalmente e psicologicamente, se torna mais independente.

Leia abaixo, o artigo na integra e nos ajude a lutar pela educação inclusiva!

Por Thaissa Alvarenga, fundadora da ONG Nosso Olhar

A minha rotina é a prova de que o Decreto nº 10.502, de 30 de setembro de 2020, que institui a “Nova Política Nacional de Educação Especial”, é um retrocesso.

A inclusão de alunos com deficiência é um desafio que escolas, pais e as próprias crianças enfrentam diariamente. É necessário ter um espaço adequado e profissionais capacitados. Esses estudantes têm direito à educação como qualquer outro. Após anos de luta para a garantia da inclusão, o presidente Jair Bolsonaro assina esse decreto, que legitima a discriminação e incentiva a segregação de estudantes com deficiência. Especialistas que convivem com a realidade refletem que a nova medida é um passo atrás nas conquistas que pautam a inclusão.

Sou mãe de Francisco, de seis anos. Ele nasceu com Down. O diagnóstico, ainda na gravidez, foi um impacto. Mas, aos poucos, entendi que o que cerca a síndrome é a desinformação. Por isso decidi fundar a ONG Nosso Olhar, que apoia e integra as crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down. Depois vieram outros projetos com a mesma finalidade, o portal de notícias Chico e suas Marias (que são as irmãs de Chico, Maria Clara, de quatro anos e Maria Antônia, de três anos) e o recém-inaugurado Espaço Rede T21.

Quando Chico atingiu a idade escolar, foi matriculado e integrado numa escola tradicional. Ele é a prova de que a inclusão de pessoas com deficiência intelectual é o correto: dentro de casa ou com os colegas e os professores.

É preciso ressaltar a importância do desenvolvimento de uma sociedade inclusiva, que envolve todas as áreas – enfatizamos aqui, por conta da notícia factual que vem de Brasília, a de Educação. Todos têm direito a ela, com ou sem alguma deficiência. Os espaços têm que atender a todos.

Nós vimos com muita preocupação a “Nova Política Nacional de Educação Especial”, que vai contra a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e consolidadas na pela Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência. Já que os direitos da pessoa com deficiência estão sendo ameaçados, não é demais falar que trata-se de uma questão inconstitucional. A “escola especializada” mencionada no texto representa, na verdade, uma separação. A criança com deficiência ficará fora da convivência e da inclusão. Isso é exclusão.

O decreto descaracteriza toda a luta de pessoas e entidades e provocou uma forte reação entre as entidades que lutam pela inclusão. Algumas escolas poderiam se aproveitar dele para barra a entrada de crianças com deficiência. Hoje as instituições de ensino são proibidas de recusar ou criar barreiras para a matrícula da pessoa com deficiência.

Não precisamos de um decreto que promova a segregação. A sociedade está carente hoje, mais do que nunca, de solidariedade, inclusão, de respeito ao próximo e de empatia. Tudo que vai contra isso precisa ser repudiado. As crianças precisam ter contato com as diferenças.

Jurassic Safari Experience: Um passeio adaptado ao cenário de pandemia

Há pouco tempo ficamos sabendo dessa nova experiência que chegou a São Paulo agora em outubro. Fomos no sábado, chegamos meia hora antes e ficamos muito satisfeitos com o formato. Nós compramos o ingresso e cada carro poderia ter quatro pessoas, mas aceitaram que a Maria Antonia fosse e ficasse no colo. O número de pessoas é uma prevenção por causa da pandemia.

Na entrada, estavam aferindo a temperatura de cada um, eles se dirigiram a cada carro. Logo que chegamos já avisamos que éramos uma família preferencial, por conta da deficiência do Chico e pela questão da visibilidade. Eles se comunicaram via rádio e nos responderam em seguida. Nos deixaram na primeira fileira, bem posicionados, em frente ao palco.

Foi muito interessante porque ninguém tinha autorização para sair do carro. Só para ir aos banheiros químicos. Todos estavam e permaneceram de máscara. A qualidade do som ainda pode ser melhorada, mas a apresentação foi muito bacana. O Chico adora dinossauros.

Na escola, eles estudam os animais, então foi uma interação muito grande. Tinha um “domador de dinossauros”, que era uma pessoa com roupa no estilo safari, aquelas em tom verde. E, enquanto os dinossauros passavam entre os carros interagindo, esse funcionário acompanhava.

As janelas ficaram abertas, mas com distanciamento entre os carros. O dia estava ensolarado e aproveitamos bastante. As crianças se divertiram. Falamos das espécies dos dinossauros, levamos pipoca de casa e comemos dentro do carro. Também levamos água e suco. Foi um sábado de muita diversão.


Ainda teve o link com o aprendizado da escola. O Chico adora, imita os barulhos, se diverte. Tinha um amiguinho no carro do lado que gritava:

– “Tia, esse aqui é ‘tal’ dinossauro”.

E a mãe comentou que ele também ama dinossauros.


Foi um passeio bacana, com interação, mesmo sem sair do carro, com a segurança necessária em tempo de pandemia. Estamos começando a conseguir voltar a conviver diante deste cenário, e de forma segura.

O espetáculo

Produzido pela Chaim Entretenimento, Jurassic Safari Experience acontece no Parque Burle Marx, é uma opção de passeio para toda a família. Como aparece na própria descrição do site mistura interatividade, diversão e ciência em um ambiente lúdico e recheado de conhecimento, experiência e aventura. Tudo isso acontece como em um safari de verdade, sem a necessidade de sair do carro.

O parque ajuda a dar a sensação de estar em um Safari, pois tem grandes árvores e os participantes percorrerem em seus carros um caminho repleto de réplicas de dinossauros em tamanho real e recebem informações educativas sobre esses animais.

Ao final da via, os veículos são direcionados a uma arena para o início do show, que conta a história de um grupo de cientistas que recriou dinossauros de diversos períodos a partir do DNA de fósseis. Dinossauros que agora vivem, ali, dentro do parque.

O restante fica por conta do show. São mais de 50 répteis pré-históricos animados por técnicas de manipulação e animatronic, incluindo um T-Rex de mais de 20mts de altura, que correm ao redor dos carros. O melhor, lá no site eles informa que todo o conteúdo da experiência tem supervisão de um paleontólogo para que a ficção e a educação desempenhem uma sinergia.

Serviço

Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200
Vila Andrade São Paulo, SP.

DURAÇÃO – 55min


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