O Chico mudou de escola a quase um ano atrás, o Colégio Franciscano PIO XII,  e em meio a um ambiente novo com muitas pessoas legais que acolheram nosso pequeno, conhecemos a Marina, ela tem 32 anos, trabalha na escola como auxiliar em sala de aula, tem Síndrome de Down e uma historia linda para compartilhar com a gente. Convidamos  a Marina para um bate-papo, quem responde as perguntas da nossa entrevista é a Carmen, mãe da Marina.  Ela contou um pouquinho sobre a filha, planos, trabalho e como ela chegou nessa área da educação.

1-Como foi para Marina ingressar no mercado de trabalho?

A Marina hoje com 32 anos terminou o ensino médio no colégio Colégio Franciscano Pio XII onde ela entrou na sétima séria, primeira aluna com Síndrome de Down, quando terminou o ensino médio foi convidada para continuar no colégio trabalhando na biblioteca e depois foi para a secretária da escola e hoje está com auxiliar de sala com crianças do maternal.

2-Qual foi a experiência mais marcante nesse tempo que ela trabalha na escola?

Todos são marcantes, a Marina sempre teve vontade de ser professora e já são 10 anos na educação.

3-Quais são as metas para um futuro próximo?

Continuar em sala de aula, a Marina não quer trabalhar em outra área, já teve outras propostas para trabalhar com planilha por que ela fez curso de excel, mas a grande vontade dela é continuar na escola. O Senac enviou uma proposta de estudar pedagogia, mas ela preferiu continuar apenas trabalhando.

4 – Como é o contato dela com as crianças?

A Marina trabalha meio período com crianças de 2 a 3 anos e as crianças adoram ela,  abraçam muito e a relação com os pais também é muito boa. A Marina é carismática e conquista todos, tem muito afeto envolvido.

5 – Como foi você e para família quando a Marina começou a trabalhar?

Foi um processo natural, ela sempre se desenvolveu bem e desde sempre foi criada para o mundo. Sempre estudou em colégio regular e tem uma psicopedagoga que acompanha desde os 6 anos, 3 horas, 2 vezes por mês a cada 15 dias e isso ajudou muito ela á se desenvolver, então para nós foi tudo natural.

6 – Qual sua mensagem para jovens como você que não estão conseguindo ingressar no mercado de trabalho, e o que você acha que empresas poderiam fazer para incluir mais pessoas com Síndrome de Down?

Hoje as leis de cota na empresa ajudam bastante, mas persistir é o mais importante. A pessoa precisa estar já incluída da sociedade, desde a escola para poder conviver em um ambiente novo. Estar inserida na sociedade é o passo mais importante.
Preparar  a sociedade para receber a inclusão com empatia.

7 – Qual foi a maior dificuldade dela nessa área?

Ela já dominava o espaço escolar, conhecia as pessoas e o colégio foi muito receptivo com ela. Deixando as coisas mais fáceis.

8 – Esse foi o primeiro emprego dela ?

Sim.

9 – Como você acha que a Marina se sente podendo inspirar tantas pessoas?

A Marina com certeza abriu muitas portas e ela fica muito feliz quando se identifica com outros alunos Down.

10 – O que a Marina gostava de brincar na infância, o que gostava de fazer?

Ela sempre gostou de quebra cabeça, livros de colorir e ler. A Marina sempre gostou muito de estudar e suas brincadeiras também iam mais para esse lado.

11 – Fazia algum esporte?

Sim, fez até parte da federação paulista de esportes aquáticos com nado sincronizado e hoje ela faz funcional, musculação, caminhada. Todos os dias ela pratica esporte.

12 – Como era na escola, a relação com outras crianças?

Marina teve oportunidade de conviver com crianças Down e não Down, ela sempre teve bastante amigos, na época de adolescência frequentava todas as festas, teve uma vida como qualquer outro adolescente.

13 – Em relação ao desenvolvimento, o que você achou que foi primordial para ela ter bons resultados nas conquistas?

Estudar, ela gosta muito de estudar. Tem um bom vocabulário de inglês, gosta de ler, faz leitura diariamente, na hora que começa o jornal ela já pega algum livro para ler,  ela é super organizada e tem uma programação diária, super centrada. Ela se auto estimula, é auto ditada, determinada. Isso trouxe bons resultados. 

Adoramos conhecer um pouco mais da Marina, e temos certeza que assim como ela que virou uma referência de superação muitas outras pessoas vão conseguir atingir conquistas tão importantes.

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