A fala é a expressão oral da linguagem é nela onde se encontram as maiores dificuldades das pessoas com síndrome de Down.

Pesquisas indicam que 95% das crianças com síndrome de Down apresentam graves problemas na hora de ser compreendida por outras pessoas, esta inteligibilidade na fala das pessoas com síndrome de Down influi negativamente no desenvolvimento de sua linguagem expressiva e também na sua comunicação geral.

Sempre que possível, os bebês com síndrome de Down devem ser acompanhados por um fonoaudiólogo logo após o nascimento, pois a hipotonia torna a musculatura da face e da boca mais “molinha”, o que pode prejudicar a amamentação e, posteriormente, o seu desenvolvimento. A regularidade e o enfoque do trabalho realizado vão depender das necessidades dos pais e da criança em diferentes fases da vida.

Para estimular o desenvolvimento cognitivo e de linguagem, podem ser necessárias intervenções diferentes em cada fase da criança. No caso das crianças com síndrome de Down, a experiência clínica mostra que o desenvolvimento cognitivo é mais eficiente do que o desenvolvimento da linguagem. Além disso, durante o desenvolvimento da linguagem, as crianças começam a entender antes de conseguir se expressar com palavras, ou seja, a linguagem expressiva é mais lenta que a receptiva.

Quando comparamos fala, linguagem e comunicação perceberam que a fala é de longe a mais difícil para crianças com síndrome de Down. Elas entendem muito bem os conceitos de comunicação e linguagem e têm o desejo de comunicar-se desde pequenas. Por isso, a maioria é capaz de se expressar vários meses antes de estar apta a usar a fala.

A maioria das crianças com síndrome de Down vai progredir até usar a fala como principal sistema de comunicação. Muitas começam a utilizar espontaneamente as palavras para se comunicar entre dois e três anos, em geral, este processo é um pouco mais lento, podendo começar até os cinco anos de idade.

A audição é um fator importante na hora de falar corretamente, se não conseguirmos ser capazes de perceber os sons adequadamente fica difícil de reproduzir bem. Os ossos do crânio e da face de pessoas com síndrome de Down são menores do que o das outras pessoas e essa variação pode resultar em lábios menores, e isso acaba influenciando na forma de como reproduzem os sons. A língua também é afetada pela hipotonia que é uma flacidez muscular, e acaba ficando para fora, em alguns casos é recomendado que se fizesse uma pequena operação onde é cortado um pedacinho, para que a língua fique menor e caiba melhor dentro da boca. Estas diferenças  influenciam nas características da fala e do ritmo, e também são responsáveis pela presença de maior dificuldade para manter a pressão do ar na boca para falar, e para planejar a fala.

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