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1ª Caminhada Virtual pela inclusão e respeito às diferenças

Na última sexta-feira (13), começou a 1ª Caminhada Virtual Best Buddies Brasil, uma parceria da Best Buddies Brasil com a ONG Nosso Olhar, o Instituto Empathiae, a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, a ASID Brasil – Ação Social para Igualdade das Diferenças e o Instituto Gerando Falcões.

Com o objetivo de arrecadar fundos para os projetos das instituições participantes, levar mais conhecimento sobre a deficiência intelectual e propor a inclusão em todos os setores da sociedade, faremos uma caminhada virtual entre 13 de novembro e 13 de dezembro

Para participar é simples, basta caminhar ou fazer alguma outra atividade física por 21 minutos. O tempo escolhido não é por acaso, mas uma referência à Síndrome de Down, causada por uma alteração genética, a trissomia do cromossomo 21. 

A caminhada ou atividade física deverá ser realizada no melhor dia e horário definidos pelo participante, preferencialmente na esteira, em casa ou em um local de pouco movimento, respeitando sempre as recomendações dos órgãos de saúde.
Os participantes são convidados a fazer uma doação que será revertida às instituições e seus projetos. Além de cuidar da saúde, contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência intelectual e muitos outros projetos, todos os que se inscreverem e colaborarem com a campanha receberão um certificado digital. Para participar basta acessar ao site: https://www.welight.io/caminhada

#JuntosChegaremosMaisLongeA caminhada é virtual, mas os objetivos são concretos e podem aprofundar causas imprescindíveis para uma sociedade mais saudável e igualitária. Para nos unirmos nesta ação, incentivamos a todos o usa da hashtag #JuntosChegaremosMaisLonge ao compartilhem suas ações nas redes sociais ao longo desta jornada.

Em um ano marcado pela pandemia, com grandes impactos em todo o mundo, projetos voltados para inclusão das pessoas com deficiência intelectual foram fortemente afetados. Acolhimento, assistência social às famílias, educação e inclusão no mercado de trabalho são algumas das principais ações das organizações participantes desse evento. E cada um de nós pode contribuir para que esses projetos continuem existindo.

Só assim, em rede, chegaremos mais longe. Contamos com você!

Lançamento da coleção inclusiva da Riachuelo

Gratidão e esperança é o que senti vendo a diversidade chegando no ‘mundo da moda

Na véspera do dia pessoa com deficiência, na última segunda-feira (03), tive o prazer de participar do lançamento da coleção Barbie À La Garçonne, criada através da parceria entre as marcas Riachuelo, Mattel e À La Garçonne. Todas as peças da coleção são assinadas pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Ela enaltece a diversidade e o empoderamento da mulher.

A coleção tem como conceito o lema da Barbie “Você Pode Ser Tudo Que Quiser”. Indo de acordo com o tema, no lançamento, que aconteceu no espaço aberto da Casa das Rosas, em São Paulo, além do estilista responsável pela coleção também falaram a apresentadora Sabrina Sato, o atleta paralímpico Fernando Fernandes e a modelo de tamanhos plus size Rita Carreira.

A coleção tem peças com tamanhos diversos, do PP ao G3 e inclui detalhes inclusivos para facilitar o uso de pessoas com deficiência, como botões magnéticos e elástico ou velcro nos fechos. A inclusão não ficou só na proposta.

Os convidados também refletiram essa diversidade, haviam pessoas com diferentes deficiências, etnias, pesos e aparências. O desfile seguiu a mesma proposta e trouxe modelos cadeirantes, com próteses no membro inferior, negros, brancos, orientais, gordos, magros e diferentes, cada um com sua particularidade.

Ao final do desfile, pude tirar uma foto com a modelo Rita Carreira. Também tive o prazer de conhecer a querida Marcella Kanner, head de Marketing e neta do fundador da Riachuelo. Grande idealizadora desse projeto e responsável pelos novos rumos que a marca tem tomado.

Assim como eu, a Marcella é mãe de três. Primeiro conheci a sua sogra, uma senhora muito educada que sentou-se ao meu lado no início do evento. Depois pude conhecer a Marcella. Mesmo rápido, pude conversar e apresentar o meu trabalho pela inclusão. Pude agradecer como mãe de uma criança com deficiência, o olhar da marca para esta causa. Agora espero ansiosa pela coleção infantil!

Final de semana de cultura e lazer

Sábado foi dia de ir à escola para uma experiência diferente, cultural. O PIO XII, escola que o Chico e da Maria Clara estudam, promoveu um ‘Sábado Cultural’. A turma do Infantil I trabalhou o tema ‘brincando e aprendendo com as cantigas’ e a turma do infantil II o tema ‘desvendando os mistérios da natureza’. Nós visitamos os espaços e foi lindo ver a dedicação das professoras para deixar tudo muito perto do real.

Teve uma apresentação musical linda, com as crianças cantando e seguindo a coreografia. O Chico se apresentou ao lado da amiga Soso. A Maria Clara também se apresentou, teve até um preparo com treino de respiração e Maria Antônia não ficou de fora, participou de todas as atividades.

As trocas foram muito bacanas. Haviam experiências que aconteciam na hora, com as participações dos pais. Os trabalhos foram desenhados pelas crianças, ilustrando os quatro elementos da natureza: a água, a terra, o fogo e o ar. Foi um dia de muitos encontros com os amigos. Tinha ainda uma caixa surpresa para achar e adivinhar a fruta. As crianças estavam atentas a tudo, foi muito divertido.

No domingo, nós fomos ao Parque Burle Marx para o evento ‘Ganhando autonomia brincando’. O tempo estava quente, mas a sombra e a água de coco ajudaram. Lá, haviam muitas oficinas, brincadeiras, bate papo, a biblioteca itinerante dos Amigos da Angel e a presença de muita gente boa, como a Kiki Faria, do projeto Ampliar o Movimento, a Joyce Renzi, da Rede Orienta, a Bianca Sollero, o pessoal do Ecoplay- Vivências Infantis, a equipe do Só Alegria e os registros do PSClique.

O espaço aberto estava rodeado de crianças, famílias e pessoas alegres se divertindo. O Chico ainda encontrou com o amigo Diow Felix, que faz parte do projeto Beleza em Todas as Suas Formas. A mamãe também não perdeu tempo e foi dar um abraço na Helena, que tem um site incrível de moda inclusiva para meninas. Valeu a pena o passeio!

Os caminhos da Carla com a Manu

Embaixadora da Best Buddies no Brasil, Carla apresenta a sua luta pela inclusão e usa a informação como aliada

Mãe, profissional da área publicitária, embaixadora da Best Buddies e a pessoa certa para passar horas batendo um bom papo, essa é Carla Schutz, a responsável por um perfil do Instagram regado de fofura, o @caminhoscomManu. Formada em Relações Públicas, mas com  forte atuação no meio Publicitário, a Carla que hoje está com 41 anos, teve a sua primeira filha, a Manu, aos 40. A pequena está com um ano e onze meses. Ela tem síndrome de Down e a descoberta veio ainda na gravidez.

Com 17 semanas, logo no início de sua gravidez, que era de risco, a Carla teve pressão alta gestacional, algo que nunca teve. Por conta da pressão alta ela passou a fazer um acompanhamento muito próximo e retornava ao consultório da obstetra toda semana. Em um desses momentos, num ultrassom, a médica percebeu que a Manu continuava crescendo, mas não estava acompanhando a idade gestacional.

Quando isso aconteceu, a médica sugeriu que a Carla fizesse o exame neoBona, mais conhecido como  Nova Geração de Triagem Pré-Natal Não Invasiva (Nipt). É um exame de sangue do DNA Fetal, que a mãe faz e, na época, ia para fora do País. “O meu exame foi para a Espanha”, recordou ela.

“15 dias depois eu recebi o resultado de que era 99,9% de chances que a Manu tivesse Síndrome de Down. A médica me deu algumas opções, entre eles um exame invasivo, que faz o cariótipo ainda quando o bebê está na barriga. Eu não quis fazer esse exame porque eu corria risco de aborto. E o meu maior medo era perder a Manu”, contou.

Era uma véspera de feriado quando ela recebeu a notícia que a Manu tinha síndrome de Down. “Eu lembro que nesse dia virei o Google de cabeça para baixo. Na minha história eu tinha contato apenas com um irmão de uma amiga, que hoje tem 30 anos, mas nunca tinha parado para pensar como era a vida dele, como era a vida da família. Na verdade convivi muito com eles, e para mim era bem tranquilo, mas eu não tinha parado pensar sobre isso. E eu aceitei e aceito muito bem até hoje”, explicou.

Ela viu sua vida virar de cabeça para baixo durante esse período. Carla era executiva de marketing de um grande grupo de comunicação e foi mandada embora na volta da licença maternidade. Recebeu o que era direito dela, a empresa pagou multa e tudo mais. Mas, naquele momento, ela se viu como uma executiva de marketing que tinha toda uma carreira, que estava voltando da licença maternidade e não tinha mais um emprego. Então, ela começou a trabalhar como consultora de marketing e tem feito esse trabalho até hoje.

Embaixadora da Best Buddies

Ao prestar consultoria, conhecer marcas, empresas e se envolver nesse meio, ela conheceu a diretora do Best Buddies Brasil, em outubro de 2018. Foi a partir daí que recebeu um convite e virou embaixadora da Instituição, e começou a se engajar com o assunto. 

“Isso para mim foi incrível porque é uma ONG internacional, fundada há 30 anos pela família Kennedy, presente em mais de 53 países, nos seis continentes, e que faz um trabalho incrível lá fora. Eles lutam pela inclusão das pessoas com deficiência intelectual, não só síndrome de Down, mas pessoas com autismo e outras questões de baixo cognitivo”, detalhou.

Segundo a Carla, conhecer a ONG veio de encontro com uma angústia que ela tinha. Ela acredita que muitas mães se fecham nos seus grupos, e isso acaba não sendo benéfico para a sociedade e nem para os filhos. 

“Muitas vezes essas mães acabam fazendo ‘grupo de síndrome de Down’, ‘grupo de autismo’ e etc. E eu sempre tive essa preocupação de olhar não só para a síndrome de Down, mas tentar me integrar com outras famílias, outras necessidades e realidades. E, mais do que isso, buscar formas para que minha filha pudesse se integrar na sociedade como um todo”, explicou Carla.

Iniciativa Kids, conectando famílias

Foi aí que a Carla idealizou o projeto Iniciativa Kids, conectando famílias. A proposta é conectar famílias de crianças de zero a cinco anos, que têm deficiência intelectual às famílias de crianças da mesma faixa etária, sem nenhuma deficiência.  “Acredito que temos que trabalhar a inclusão desde a primeira infância porque a gente tem que se integrar na sociedade. E a Best Buddies me apoiou nisso”, contou.

O projeto ganhou força. Com a iniciativa de conectar as famílias, uma vez por mês, elas se encontram num grande evento, sempre realizado, através de uma parceria, no Colégio Brazilian International School, em Moema. Em cada encontro são convidados palestrantes para falarem sobre maternidade, diversidade, inclusão social, deficiência intelectual e também sobre outras deficiências.

Durante o evento essas famílias ficam juntas, assistem às palestras, aprendem e tiram suas dúvidas, enquanto as crianças brincam. A equipe idealizadora do projeto pede que elas se encontrem, pelo menos, quatro vezes ao ano fora do evento para que o projeto realmente integre as famílias.

“Eu comecei a ver muitas mães e pais que me contavam:

– “Ah, Carla! Você precisa conhecer a escola do meu filho, é superinclusiva. Tem uma criança autista na sala dele ou uma criança com síndrome de Down”.  

Aí eu virava e falava: – Ah, que legal e você já conheceu essa criança, já convidou ela para ir à sua casa, ao aniversário do seu filho?

 Aí a pessoa travava quando eu perguntava isso”, contou ela.

A embaixadora explica que a inclusão tem que acontecer de verdade. Não adianta a escola ser inclusiva se essa inclusão for apenas uma criança dentro da escola. Ela acredita que é fundamental a criança ser integrada na comunidade.

“O objetivo da Iniciativa Kids é que essas famílias sejam empoderadas, que elas saibam sobre deficiência intelectual e saibam sobre outras questões de diversidade e inclusão. E não só essas famílias dentro desta realidade, mas também as famílias que não passam por isso- o que chamamos de famílias típicas-, que elas levem  isso para o seu dia a dia ”, explicou Carla.  

Então, uma vez por mês essas elas se encontram. Cada família que tem filho com deficiência se junta a uma família com filho sem deficiência, as ‘famílias típicas’. Elas formam uma dupla, aprendem sobre o assunto, veem seus filhos brincarem juntos, se encontram fora do programa e criam um laço de amizade. O objetivo é que isso se reverbere.

No momento o projeto piloto tem 30 famílias. Sendo 15 com filhos dentro desta realidade e 15 de ‘famílias típicas’. A meta é ter famílias multiplicadoras em outras cidades e que o projeto possa atender centenas de famílias.

“Se eu pudesse dar um recado para as mães que estão chegando agora neste universo é: não há o que temer! A vida pode ser leve. Uma das coisas mais importantes para mim trabalhando na Best Buddies, através dos programas com adultos, foi enxergar lá na frente e ver pessoas com síndrome de Down que fizeram faculdade, que trabalham e estão aí ganhando autonomia.  Tenho certeza que os nossos filhos vão conquistar ainda mais, porque a sociedade vai mudando, estamos trabalhando muito pela inclusão, pela integração e isso é importante. O que a gente precisa é se informar e passar informação. E, isso pode ser feito através de ONGs, olhar para frente e ter referências. Se dermos oportunidades para os nossos filhos, com certeza a sociedade pode ser melhor. Eu acredito nisso!”, finalizou.

Projeto “Iniciativa Kids, conectando famílias”

Você já conhece a “Iniciativa Kids, conectando famílias”? Se não conhece, essa é a oportunidade para conhecer. A “Iniciativa Kids” é um projeto exclusivo da Best Buddies Brasil. Apesar da instituição existir em vários países, esse programa só existe aqui. A ideia surgiu com o propósito de buscar a inclusão social de crianças com deficiência intelectual.

O projeto tem como premissa conectar famílias de crianças de 0 a 5 anos com e sem deficiência intelectual formando duplas de amizade. O objetivo é que as famílias participem de eventos mensais para receberem informação, discutirem e levarem conhecimento para suas comunidades.

Assim, será possível que cada uma dessas famílias difunda esse trabalho e a inclusão de pessoas com deficiência intelectual passe a acontecer em mais lugares. Só com informação é possível desmistificar conceitos errados e levar conhecimento.

Para que o projeto continue e seja expandido para mais famílias, os organizadores precisam de ajuda. Cada contribuição é um passo para manter essa iniciativa tão bacana. Para ajudar, acesse o site:https://benfeitoria.com/bestbuddiesbrasil

Não conhece a Best Buddies? Ela é uma organização sem fins lucrativos, que busca a inclusão social de pessoas com deficiência intelectual. A instituição nasceu nos EUA e hoje está em mais de 50 países, desses 14 estão na América Latina. O objetivo da Best Buddies é estimular um movimento global de voluntariado em seus programas, que têm por objetivo primordial a inclusão social das pessoas com deficiência intelectual, feita através dos seguintes programas:

‘Programa da Amizade’, ‘Programa de Trabalho’ e ‘Programa de Liderança’. No Brasil, a Best Buddies atua também com o nome ‘Melhores Amigos’. A organização se sustenta através de doações tanto de pessoas físicas quanto de empresas. 

Final de semana com a família e amigos

Família reunida e encontros com os amigos fizeram do final de semana dois dias muito divertidos.

O nosso final de semana foi para lá de especial. Estive no seminário de mães com a querida Sumaia Thomas. Foi um evento enriquecidor para debater a maternidade com diversas mulheres incríveis. Não parou por aí.

Na escola das crianças teve o dia da família. Data comemorada sempre próximo ao dia das mães ou dia dos pais. A ideia é muito bacana, pois acolhe todos os formatos de família.

Nós havíamos separado uma foto nossa, e juntos fizemos o boneco do Chico, todo personalizado. Teve direito até a boné do Botafogo, nosso time do coração!

Foram propostas atividades lúdicas, passeio de bicicleta e oficinas. Olhe os diversos materiais da Faber-Castell. Todos nós nos divertimos!

A data foi uma ótima oportunidade para encontrar os professores e conversar. Foi muito bacana ver o carinho de todos com o Chico. Olha o beijo que ele deu na coordenadora Paula.

Ah, também tiveram alguns encontros com amigos. Com a Sosso, que usava um vestido florido. A Manu, que estava de camiseta rosa e a Olívia, de regata preta.

Olha a mamãe do Chico e o Luca. Essa história é incrível, o Luca entrou na escola porque a mãe nos acompanhava via portal. Ela viu que estava sendo feito um trabalho muito bacana de inclusão e resolveu fazer a matrícula. Com histórias como essa é que percebemos que nosso trabalho está valendo a pena!

Avianca contrata jovem com síndrome de Down

Uma nova contratação nos deixou muito alegres e cheios de esperança em alcançar uma sociedade mais inclusiva. No último dia 5 de abril, a Avianca do Equador admitiu para o seu quadro de funcionários o jovem José Miguel, o primeiro funcionário com Síndrome de Down da empresa. A contratação veio através de um projeto inclusivo, que vem sendo desenvolvido pela companhia aérea há alguns meses, e agora se tornou realidade.

“Hoje, com muita felicidade damos as boas-vindas da equipe de aeroportos da Avianca Equador a José Miguel, o nosso primeiro amigo da alma. Um projeto que iniciou vários meses atrás e que hoje é uma realidade. Na Avianca vivemos a inclusão. Obrigado a todos aqueles que apoiaram essa iniciativa!”, publicou Juan Francisco Ortiz- funcionário da Avianca- em sua página pessoal do Facebook.

A iniciativa é mais um passo para promover a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Programas como esse são muito importantes para educar as pessoas sobre o tema, contribuem para levar informações aos funcionários e até para outras empresas.

Ainda sobre a importância da inclusão, neste mês, um grande evento acontecerá para trocar informações e reunir profissionais, professores, familiares e pessoas com síndrome de Down, o 5º Congresso Ibero-americano de síndrome de Down. O congresso será realizado em 29 e 30 de abril de 2019, na Colômbia e reunirá representantes de toda a América Latina.

O Congresso discutirá o contexto atual e as projeções que permitirão um futuro promissor para pessoas com síndrome de Down. Os eixos temáticos serão: educação, trabalho, saúde, autonomia, vida independente, capacidade jurídica e envelhecimento.

O programa inclui oficinas de liderança e sexualidade para pessoas com síndrome de Down. Os painéis discutirão estratégias de sala de aula que promovam a educação inclusiva, o papel das famílias e a estimulação adequada, cuidados terapêuticos, entre outros.

Fonte: www.publicafm.ec Foto: Reprodução Facebook

Professor de natação fala sobre os benefícios do esporte

Esporte que estimula o desenvolvimento motor e cognitivo, a natação é tida como uma prática completa, inclusive para as crianças.

Professor de natação desde de 2007, Paulo Gustavo de Sousa Corrêa de Andrade sempre teve o nado como uma paixão. Seu contato com as águas da piscina começou logo cedo, desde seu primeiro ano de vida, quando aprendeu a nadar. O gosto pela natação foi mais além e ele chegou a participar de competições.

“Eu decidi entrar na área da natação por ser uma área que eu entendo e sempre gostei por me fazer bem. Hoje consigo passar tudo que aprendi para minhas crianças”, explicou ele.

Gustavo, como é conhecido pelos pais de seus alunos, começou a dar aula para crianças em 2012, quando entrou na academia Manoel dos Santos. Antes disso, ele dava aula para adultos e adolescentes, algumas poucas crianças a partir de 5 anos.

Segundo o professor, o início foi uma experiência um pouco diferente: “No começo me assustava um pouco dar aula para pequenos, mas fui logo me adaptando e hoje é meu maior orgulho pessoal”, contou ele.

O carinho pelos pequenos só cresceu e hoje Gustavo é professor de natação infantil. Um de seus alunos que tanto o orgulha é o Chico. O professor contou como foi o primeiro contato e respondeu algumas perguntas para o Down é Up.

Down é Up: Pode falar um pouco sobre a sua profissão?

Gustavo: Sou professor de natação infantil e dou aula para crianças de 0 a 6 anos. Na natação, nós não apenas ensinamos a nadar e sobreviver, nós também ajudamos em todo desenvolvimento motor, cognitivo e social. E ajuda muita na saúde, principalmente na respiração. A natação é considera o esporte mais completo!

Down é Up: Como começou a trabalhar com crianças com síndrome de Down?

Gustavo: Na Manoel dos Santos nós trabalhamos com todos os públicos, sem distinção. Por isso recebemos muitas crianças com síndrome de Down e eu gostei muito, pois são crianças muito amorosas com uma sinceridade emocional. Hoje sempre que uma vai entrar eu torço para que nade comigo para participar ativamente da vida delas.

Down é Up: Quais benefícios a natação traz para as crianças?

Gustavo: A natação ajuda muito no sistema respiratório e no desenvolvimento motor. Muitas vezes, a natação é o primeiro esporte/atividade que a criança faz, logo, aqui é onde a criança irá ter seu primeiro contato com habilidades motoras, que não são possíveis de aprender sozinhas. No caso do sistema respiratório, as imersões ajudam no fortalecimento das vias respiratórias e no controle de inspirar e soltar o ar.

Down é Up: Você tem alunos com outras deficiências?

Gustavo: No momento estou apenas com alunos com algum grau de autismo.

Down é Up: Você faz atividades de estímulo?

Gustavo: Nós fazemos todos tipos de estímulos, desde no meio líquido como na área externa.

Down é Up: Como são os preparos das aulas?

Gustavo: As aulas são preparadas com base o cronograma que temos da metodologia Manoel dos Santos que busca aprendizado com ludicidade.

Down é Up: Você teve que pesquisar o assunto ou na faculdade teve uma base?

Gustavo: Na faculdade temos uma base de tudo que podemos enfrentar em nossa profissão, mas apenas com prática para aprendemos de verdade. A próprios academia faz treinamentos para podermos sempre renovar e aperfeiçoar nosso trabalho

Down é Up: Como é lidar com as crianças? Como você faz para elas irem perdendo a timidez e o medo?

Gustavo: No começo é mais complicado pelo fato da criança não conhecer, o fato de eu ser homem e por ser “grande”. Mas com muita paciência, tendo empatia e sem forçar nada, vamos conquistando a criança tentando achar um meio termo, como um desenho que goste, um brinquedo ou algo parecido.

Down é Up: Você já conhecia a síndrome de Down e o autismo? Como tem sido a experiência com essas crianças?

Gustavo: Não conhecia, de uns tempos para cá que veio crescendo o número de crianças com Síndrome de Down e autismo nas práticas do dia-a-dia. É uma experiência muito agradável que, como disse anteriormente, eles são muito sinceros emocionalmente e quando gostam é de verdade. Sempre tem desafios, porém é muito agradável vencê-los e da mais vontade de voltar na próxima aula para cada vez mais ultrapassarmos barreiras.

Down é Up: Tem alguma história que gostaria de contar, que acha bacana?

Gustavo: O Chico, no começo, tinha muito medo de fazer exercícios que não tivesse ajuda e isso o assustava muito. Certa aula, ele veio sozinho e decidi fazer uma aula totalmente voltada para ele, sem pensar em objetivo nem cronograma. Deu muito certo, pois nesse dia ele conseguiu fazer pequenos deslocamentos sem entrar em desespero nem pedir ajuda. Ele mesmo percebeu essa evolução e queria continuar fazendo os exercícios sozinho.


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